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PESQUISADOR DO INSA COMPARTILHA RESULTADOS DE PESQUISA SOBRE PALMA FORRAGEIRA



No semiárido brasileiro, uma das principais atividades econômicas é a pecuária, a qual demanda uma grande quantidade de forragem para alimentar os rebanhos. No entanto, devido à irregularidade das chuvas a produção de biomassa pelas forrageiras fica comprometida, causando um desequilíbrio na produção de alimento para os animais. Como forma de amortizar essa conjuntura produtores tem utilizado cactáceas, a exemplo da palma forrageira, como opção de sequeiro capaz de atingir as maiores produtividades de biomassa na região.

Diante dessa conjuntura, entre 2012 e 2015, o Instituto Nacional do Semiárido – INSA - desenvolveu o “Projeto de Revitalização da Cultura da Palma Forrageira no Semiárido”, no Estado da Paraíba, com a finalidade repovoar áreas afetadas pela cochonilha-do-carmim, através da distribuição de raquetes sementes para os produtores e avaliar o comportamento novas variedades sob diferentes condições edafoclimáticas. Como estratégia do projeto, foram formados gabinetes municipais de palma forrageira, com a participação de produtores rurais (principalmente, agricultores familiares e assentados da reforma agrária), organizações sociais, instituições governamentais com atuação na área agropecuária e outras organizações de interesse dos produtores locais, com os quais a pesquisa foi desenvolvida. A partir daí iniciou-se a implantação de 26 campos experimentais, de uma hectare cada, com as três variedades de palma resistentes a Cochonilha-do-Carmim, sendo 20.000 mil raquetes por área, no espaçamento de 1,5 metros × 0,5 metros × 0,5 metros, para cultivo em fileiras duplas.

No âmbito do INSA o projeto envolveu várias temáticas de pesquisa, que tem resultado me várias dissertações de mestrado e doutorado, dentre eles o trabalho de Dissertação do Pesquisador João Macedo Moreira (João da Caatinga), intitulada “Produtividade, absorção e acumulação de nutrientes pela palma forrageira com ou sem adubação no semiárido paraíbano”.

A pesquisa foi realizada nos municípios de Condado e Riachão, áreas experimentais do Projeto INSA, contendo três variedades de palma forrageira: Oputia stricta, cultivar Orelha de Elefante Mexicana e Nopalea cochenillifera, cultivar Palma Miúda e Nopalea espécie, cultivar Palma Baiana

A pesquisa concluí que a produtividade média das três variedades no município de Condado e Riachão foi 3.7531 e 1421 quilograma por hectare de matéria seca, respectivamente. A Eficiência fisiológica das três variedades nos campos de Condado e Riachão foi 1,62 e 2,36 quilograma por quilograma de produção de matéria seca por unidade de nutrientes acumulado. A maior Eficiência de Recuperação de Nitrogênio, Carbono, Fósforo, Potássio, Cálcio e Magnésio foi observada no campo de Condado e após um ano de crescimento, as variedades de Palma forrageira não apresentaram evidencias de superioridade de uma variedade sobre outra, quanto à produtividade de matéria seca, eficiência nutricional. Levando em consideração os teores de nutrientes na matéria seca e as quantidades acumuladas na parte áreas, no campo de Condado, a extração média de C, P, K, na matéria seca nas três variedades foram 1.325; 20 e 391 quilograma por hectare, respectivamente. Essas retiradas são consideradas bastante elevadas, principalmente para P e K. Os parâmetros analisados estiveram mais relacionados a condições disponibilidade hídrica.

Os resultados obtidos na pesquisa podem favorecer a ampliação de outros estudos sobre o potencial da palma, a fim de impulsionar novas pesquisas acerca das condições edáficas e climáticas para o avanço do cultivo da palma no semiárido da Paraíba.



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