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Insa e Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) realiza curso de recuperação de áreas degradadas em



No Semiárido sergipano os processos degradatórios têm avançado, são resultantes de ações provocados pelo ser humano, tais como: o desmatamento, a substituição da vegetação nativa pelo cultivo de espécies não adaptadas a região e o uso e manejo inadequado dos solos, favorecendo o aumento da erosão.

A erosão é considerada o principal fator de degradação do solo e tem provocado, ao longo dos anos, redução da área agricultável, baixo rendimento das culturas e assoreamento de rios e reservatórios, com graves prejuízos à produtividade, à integridade do meio ambiente e à rentabilidade do agricultor.

Com o intuito de ajudar a reverter esse quadro, técnicos do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Movimento dos Pequenos Agricultores, realizaram nos dias 17 e 19 de maio, na comunidade de Garrote do Emiliano, município de Poço Redondo (SE), o curso de formação em Tecnologias de Uso do Solo e Recuperação de áreas degradada no Semiárido.

O curso teve a participação de pequenos produtores (as) rurais de comunidades circunvizinhas da ao sítio de Garrote do Emiliano, totalizando o número de 50 participantes. O curso foi facilitado pelos pesquisadores Aldrin Perez-Marin e João Macedo Moreira, integrantes do núcleo de Tecnologias Sociais do Insa – Unidade de Pesquisa do MCTI que é correspondente científica do Brasil junto à Convenção das Nações Unidades para o combate à Desertificação (UNCCD).

Para que os participantes pudessem visualizar os problemas a partir da percepção do espaço deles, a metodologia intitulada de “momentos e vivências” teve como objetivo aprofundar a reflexão a cerca dos processos de degradação dos solos nas comunidades. Para formar tecnicamente os pequenos produtores rurais na elaboração e construção de técnicas de baixo custo e fácil replicação para o combate à desertificação, como é o exemplo da técnica da Barragem de Base Zero.

A Barragem Base Zero (BBZ) é uma técnica simples, que consiste no empilhamento de pedras em pequenos riachos, no formato de um arco romano, para impedir que durante os períodos chuvosos, os solos sejam transportados mediante a força hídrica. A construção é realizada rapidamente, pois envolve o uso de matéria prima local, pedras encontradas no leito dos rios.

A finalidade da barragem é de aumentar a área de solo e ao mesmo tempo impedir o assoreamento das áreas de nascente dos cursos de água e favorecer o acúmulo de nutrientes nessas áreas.

Os participantes ainda firmaram um Termo de Compromisso, no qual se comprometem pela replicação de novas tecnologias, com o plantio de árvores, acompanhamento de técnicas de combate à desertificação e a dinamizarem a comunicação entre as comunidades executoras da experiência, de forma a reforçarem o processo de mobilização e o associativismo no semiárido sergipano.

Conforme explica Manoel Messias Vieira (46), morador da Comunidade Garrote do Emiliano, “agora aprendemos a técnica da utilidade das pedras, uma utilidade que só vai trazer benefício para nosso solo, nossa propriedade”.


Os representantes de comunidades interessados em conhecer a técnica de construção da Barragem Base Zero e participar de um curso de capacitação podem entrar em contato com o Insa.


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