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Insa e Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) realiza curso de recuperação de áreas degradadas em

  • Elielma Vasconcelos Assessoria Técnica do MPA
  • 24 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura


No Semiárido sergipano os processos degradatórios têm avançado, são resultantes de ações provocados pelo ser humano, tais como: o desmatamento, a substituição da vegetação nativa pelo cultivo de espécies não adaptadas a região e o uso e manejo inadequado dos solos, favorecendo o aumento da erosão.

A erosão é considerada o principal fator de degradação do solo e tem provocado, ao longo dos anos, redução da área agricultável, baixo rendimento das culturas e assoreamento de rios e reservatórios, com graves prejuízos à produtividade, à integridade do meio ambiente e à rentabilidade do agricultor.

Com o intuito de ajudar a reverter esse quadro, técnicos do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Movimento dos Pequenos Agricultores, realizaram nos dias 17 e 19 de maio, na comunidade de Garrote do Emiliano, município de Poço Redondo (SE), o curso de formação em Tecnologias de Uso do Solo e Recuperação de áreas degradada no Semiárido.

O curso teve a participação de pequenos produtores (as) rurais de comunidades circunvizinhas da ao sítio de Garrote do Emiliano, totalizando o número de 50 participantes. O curso foi facilitado pelos pesquisadores Aldrin Perez-Marin e João Macedo Moreira, integrantes do núcleo de Tecnologias Sociais do Insa – Unidade de Pesquisa do MCTI que é correspondente científica do Brasil junto à Convenção das Nações Unidades para o combate à Desertificação (UNCCD).

Para que os participantes pudessem visualizar os problemas a partir da percepção do espaço deles, a metodologia intitulada de “momentos e vivências” teve como objetivo aprofundar a reflexão a cerca dos processos de degradação dos solos nas comunidades. Para formar tecnicamente os pequenos produtores rurais na elaboração e construção de técnicas de baixo custo e fácil replicação para o combate à desertificação, como é o exemplo da técnica da Barragem de Base Zero.

A Barragem Base Zero (BBZ) é uma técnica simples, que consiste no empilhamento de pedras em pequenos riachos, no formato de um arco romano, para impedir que durante os períodos chuvosos, os solos sejam transportados mediante a força hídrica. A construção é realizada rapidamente, pois envolve o uso de matéria prima local, pedras encontradas no leito dos rios.

A finalidade da barragem é de aumentar a área de solo e ao mesmo tempo impedir o assoreamento das áreas de nascente dos cursos de água e favorecer o acúmulo de nutrientes nessas áreas.

Os participantes ainda firmaram um Termo de Compromisso, no qual se comprometem pela replicação de novas tecnologias, com o plantio de árvores, acompanhamento de técnicas de combate à desertificação e a dinamizarem a comunicação entre as comunidades executoras da experiência, de forma a reforçarem o processo de mobilização e o associativismo no semiárido sergipano.

Conforme explica Manoel Messias Vieira (46), morador da Comunidade Garrote do Emiliano, “agora aprendemos a técnica da utilidade das pedras, uma utilidade que só vai trazer benefício para nosso solo, nossa propriedade”.


Os representantes de comunidades interessados em conhecer a técnica de construção da Barragem Base Zero e participar de um curso de capacitação podem entrar em contato com o Insa.


 
 
 

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